2.6.09

sobre a teimosia

Hoje eu estava andando distraidamente debaixo da marquise de um prédio quando vi que havia uma poça d’água no chão. Olhei para cima e, neste exato instante, caiu do teto uma gota d’água justamente naquele acúmulo indesejado de líquido na calçada, explicando a sua existência.
Estando eu a alguns passos de distância de todo o fenômeno, decidi mudar o meu curso ligeiramente para a direita, tomando, porém, o cuidado de (i) manter o ritmo dos meus passos e (ii) observar o comportamento do complexo goteira-poça com a minha visão periférica.
Passei bem do ladinho da coisa toda, e nada aconteceu. Mas eu seria capaz de ir até o inferno afirmando que se eu não tivesse desviado, o raio da gota teria caído em mim.
Daí se tira uma importante lição: gotas d’água que caem de goteiras são entes dos mais traiçoeiros que existem. Assim, teimosia é não querer aceitar que, na grande divisão dicotômica maniqueísta do mundo, elas devem ser consideradas “do mal”, a despeito do nosso profundo pesar.

1 comment:

denisard said...

'na grande divisão dicotômica maniqueísta do mundo, elas devem ser consideradas “do mal”'
ATÓRON! HIAEHUEIAEHUHUIEHUIEAUIHAEHUIAEUIHAEHUIEHUEHUIAEHUIAEHUIAEHUIHUIAEAEHUIUIHAEHAUIEHAUIEHUAEEHUIEHUIAEHUIAE